Angioplastia Coronariana: Procedimento que Salva Vidas

– A saúde do coração é essencial para uma vida longa e de qualidade.

– Entre os diversos tratamentos para doenças cardiovasculares, a angioplastia coronariana se destaca como um dos procedimentos mais eficazes para restaurar o fluxo sanguíneo das artérias do coração e evitar complicações graves, como infarto do miocárdio.

– Mas você sabe como ela funciona e para quem é indicada?

– Neste artigo, vamos esclarecer todas as suas dúvidas de forma simples e completa.

Qual é o médico que realiza a angioplastia coronariana?

– O Cardiologista Intervencionista (ou Hemodinamicista) é o especialista em realizar o exame de CATETERISMO CARDÍACO e ANGIOPLASTIA CORONARIANA

– Dr Fernando Chiodini realizou seu treinamento na cardiologia intervencionista no melhor hospital especializado em cardiologia do país: Instituto do Coração da USP. Possui doutorado em andamento nesta área e publicações científicas nacionais e internacionais.

– Já realizou mais de 3.000 procedimentos na área da cardiologia intervencionista. E é especialista titulado pela sociedade brasileira de cardiologia intervencionista.

Veja algumas opiniões de pacientes do Dr. Fernando

O Que é a Angioplastia Coronariana?

– Também chamada de intervenção coronária percutânea (ICP), é um procedimento minimamente invasivo utilizado para desobstruir artérias do coração que estão comprometidas por placas de gordura (aterosclerose).

– Essas obstruções podem limitar o fluxo sanguíneo, causando dores no peito (angina) e, em alguns casos, o infarto.

– Caso queira saber mais sobre o infarto e sintomas de dor no peito, CLIQUE AQUI, preparamos um artigo bem completo sobre o assunto.

– De maneira resumida, o procedimento consiste na introdução de um stent (uma espécie de mola feita de metal), que é inflado dentro da artéria obstruída, com o objetivo de restaurar o fluxo sanguíneo.

Para Que Serve a Angioplastia?

– Atualmente a angioplastia é indicada para pacientes que apresentam doença arterial coronariana, uma condição caracterizada pelo estreitamento das artérias que levam sangue ao coração.

– Esse estreitamento ocorre devido ao acúmulo de placas de gordura e pode causar sintomas como:

• Dor ou pressão no peito (angina);
• Falta de ar;
• Cansaço excessivo;
• Sensação de aperto no peito durante atividades físicas ou momentos de estresse.

– Além de aliviar os sintomas, a angioplastia também é realizada em situações emergenciais, como infartos agudos do miocárdio, para restabelecer rapidamente o fluxo sanguíneo e minimizar danos ao coração.

Todos os Pacientes com Obstruções Coronarianas Precisam Realizar Este Procedimento?

– Nem todos os pacientes com obstruções nas coronárias precisam de uma angioplastia.

– A decisão sobre a melhor abordagem depende de vários fatores, como:

• Gravidade e localização da obstrução;
• Presença de sintomas limitantes;
• Resposta ao tratamento medicamentoso;
• Existência de múltiplas lesões ou doença coronariana difusa.
• Contratilidade do coração
• Histórico de doenças do paciente
• Idade
• Relação risco/benefício do tipo de procedimento a ser realizado

– Em alguns casos, mudanças no estilo de vida e o uso de medicamentos podem ser suficientes para controlar a doença.

– Para definir a melhor estratégia, um grupo de especialistas multidisciplinares (chamado de Heart Team – “Time do coração”) avalia cada caso individualmente, garantindo que o paciente receba o tratamento mais adequado.

O Papel do Heart Team

– O conceito de Heart Team (Time do Coração) revolucionou a tomada de decisões no tratamento da doença arterial coronariana.

– É realizado uma discussão nos mínimos detalhes do quadro do paciente com base nos dados clínicos, laboratoriais e exames de imagem e cateterismo realizados.

– Esse grupo de especialistas geralmente inclui:

• Cardiologista clínico, que acompanham e tratam a doença de forma medicamentosa;
• Cardiologista intervencionista, responsáveis pela realização da angioplastia;
• Cirurgião cardíaco, que avaliam a necessidade de uma cirurgia de revascularização (pontes de safena ou mamária) quando necessário.

– É decidido neste encontro qual é a melhor estratégia de tratamento do paciente, baseado nos seguintes princípios:

• Baseado nas mais recentes evidências científicas
• Baseado na experiência coletiva de especialistas experientes
• Baseado na preferência do paciente

– De uma maneira simplificada, existem 3 opções de decisão a ser tomada neste encontro:

• Tratamento clínico exclusivo
• Angioplastia com stent
• Cirurgia de revascularização do miocárdio (ponte de safena).

Como a Angioplastia é Feita?

– A angioplastia é um procedimento minimamente invasivo, na maioria das vezes realizado sob sedação leve e anestesia local.

– O passo a passo inclui:

1. Preparo:

– O paciente é orientado a fazer jejum

– Em alguns casos, pode precisar interromper o uso de certos medicamentos ou até receber remédios antes do procedimento ser realizado.

–Antes do exame, é administrada uma anestesia local no local de inserção do cateter.

2. Introdução do cateter:

– Um cateter fino e flexível é inserido em uma artéria da perna (femoral) ou do braço (radial) e guiado até o coração.

3. Injeção de contraste:

– Um corante especial é injetado para visualizar as artérias coronárias em tempo real através do raio-X.

4. Dilatação com balão:

– Quando a obstrução é localizada, um pequeno balão na ponta do cateter é inflado para expandir a artéria.

– Esta etapa nem sempre é necessária.

5. Implantação do stent:

– Na maioria dos casos, um stent revestido com medicamento é colocado no local para desobstruir o entupimento.

6. Finalização:

– O cateter é removido e o local de inserção é fechado com um curativo compressivo ou dispositivo de fechamento.

– O procedimento dura, em média, 30 a 90 minutos e, na maioria dos casos, o paciente pode ter alta no dia seguinte.

Medicina de precisão.

– A tecnologia avançou significativamente na cardiologia intervencionista, permitindo uma avaliação mais precisa das lesões coronarianas antes e durante a angioplastia.

– Essas ferramentas tecnológicas ajudam EM MUITO os médicos a determinar a real necessidade de intervenção e a otimizar os resultados do procedimento.

– Com certeza foi uma revolução no tratamento da doença arterial coronariana, tornando a angioplastia um procedimento ainda mais seguro e eficaz para os pacientes.

– Entre essas ferramentas, destacam-se:

Imagem Intracoronária:

– Técnicas como a OCT (Tomografia de Coerência Óptica) e o IVUS (Ultrassom Intracoronário) permitem uma visualização detalhada das artérias por dentro.

– Essas imagens ajudam a avaliar o grau de obstrução, a composição da placa aterosclerótica e a melhor forma de implantar o stent, reduzindo complicações e melhorando os resultados a longo prazo.

Fisiologia Coronária:

– Métodos como o FFR (Fractional Flow Reserve), QFR (Quantitative Flow Ratio) e uFR (ultrasound Flow Ratio) são utilizados para avaliar se uma obstrução na artéria realmente compromete o fluxo sanguíneo e se a angioplastia é necessária.

– Essas tecnologias ajudam a evitar procedimentos desnecessários e garantem que apenas as lesões significativas sejam tratadas.

Quais São os Riscos do Procedimento?

– Embora seja um procedimento minimamente invasivo e seguro, a angioplastia tem alguns riscos, como qualquer intervenção médica.

– Entre os possíveis riscos estão:

Reação alérgica ao contraste:

– Em casos raros, algumas pessoas podem ter reações alérgicas ao líquido de contraste utilizado: iodo

– Como o procedimento é realizado em ambiente hospitalar, o tratamento para uma reação alérgica é realizado imediatamente e geralmente não costuma causar deterioração clínica do paciente.

Hematoma ou sangramento:

– Pode ocorrer no local onde o cateter foi inserido.

– Geralmente é de curta duração e não costuma trazer sequelas permanentes ao paciente.

Arritmias:

– Alterações temporárias nos batimentos cardíacos durante o exame.

Danos aos vasos sanguíneos:

– Muito raramente, o cateter pode causar lesões.

Infecção:

– Extremamente rara, mas possível.

Lesão renal pelo contraste:

– Ocorre principalmente em pacientes portadores de doença renal crônica.

– Com o adequado preparo antes do procedimento, diminui-se muito a chance de lesão renal pelo contraste.

Risco de trombose dentro do stent

– Evento raro, porém extremamente grave

– Ocorre geralmente quando certas medicações não são oferecidas corretamente.

Eu tenho alergia a iodo, posso fazer o exame Dr. Fernando?

– Se o paciente teve reação alérgica prévia ao iodo, como manchas de pele, dor abdominal ou falta de ar, é necessário realizar um preparo com remédios específicos cerca de 3 dias antes do procedimento.

– O preparo adequado antes do procedimento e a monitorização dos sinais vitais constantes durante o exame, tornam o risco de reações graves ao iodo muito raras.

– Vale lembrar que mesmo que o paciente tenha alergia a frutos do mar, isso NÃO o torna alérgico a iodo.

Eu tenho doença renal crônica existe risco de lesão do rim pelo contraste?

– Em pacientes que já possuem algum tipo de doença no rim que prejudica seu funcionamento, existe uma chance maior que ocorrer a lesão renal induzida pelo contraste.

– Existem também maneiras de minimizar este problema com o preparo adequado antes do procedimento.

– Sempre deve ser discutido com o seu médico os riscos e benefícios do exame.

– Em pessoas que não possuem doença renal crônica, a chance de lesão renal por contraste é muito baixa.

Cuidados Após a Angioplastia

A recuperação da angioplastia é rápida, mas exige alguns cuidados essenciais:

• Evite esforços físicos intensos nas primeiras semanas;
• Siga rigorosamente as orientações médicas e o uso correto dos medicamentos, especialmente os antiplaquetários, que evitam a formação de coágulos dentro do stent;
• Mantenha uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo de gorduras saturadas, sal e açúcares;
• Adote um estilo de vida saudável, incluindo exercícios físicos regulares e cessação do tabagismo;
• Realize acompanhamento médico periódico para monitorar a saúde do coração e o funcionamento do stent.

– A angioplastia é um tratamento eficaz e seguro para muitas pessoas com doença arterial coronariana, proporcionando alívio dos sintomas e melhor qualidade de vida.

Conclusão

– Se você ou alguém próximo tem doença coronariana e está considerando uma angioplastia, é fundamental entender como o procedimento funciona e quais são seus benefícios.

– Com o acompanhamento de uma equipe médica especializada e a adoção de hábitos saudáveis, é possível controlar a doença e viver com mais qualidade.

– Se você tem dúvidas ou deseja agendar uma avaliação com um cardiologista, entre em contato e cuide do seu coração da melhor forma possível!