Dr. Fernando Chiodini – Cardiologia e Cardiologia intervencionista em Adrianópolis Manaus

– A apneia do sono é uma doença séria e frequentemente subestimada que afeta milhões de pessoas no mundo.

– Muitos indivíduos passam anos sofrendo de cansaço excessivo, roncos altos e dificuldade de concentração sem perceber que podem estar enfrentando um distúrbio respiratório grave.

– Se não tratada, a apneia pode levar a complicações cardíacas, neurológicas e metabólicas, impactando significativamente a qualidade de vida.

– Neste artigo, você entenderá tudo sobre a apneia do sono: sua prevalência, causas, consequências, diagnóstico e as diversas opções de tratamento disponíveis.

Cardiologista – Dr. Fernando Chiodini

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– O Dr. Fernando Chiodini é médico cardiologista formado pelo melhor hospital especializado em cardiologia do país : Instituto do Coração da USP.

-Foi membro do corpo clínico de grandes hospitais, como Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

– Entusiasta da pesquisa científica e do ensino médico: Possui doutorado em andamento pela USP-SP, com mais de 10 artigos científicos e 4 capítulos de livros publicados. É professor do departamento de clínica médica da Universidade Federal do Amazonas. 

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O que é a Apneia do Sono?

– A apneia do sono ocorre quando há colapso parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em episódios repetidos de obstrução da respiração.

– Esse bloqueio impede a passagem do ar e leva a uma redução dos níveis de oxigênio no sangue (hipoxemia) e a despertares frequentes ao longo da noite.

– Com o tempo, a apneia do sono leva a inflamação crônica, resistência à insulina, disfunção endotelial e aumento do risco de eventos cardiovasculares como infarto e AVC.

Os principais mecanismos fisiopatológicos envolvidos na apneia do sono incluem:

Diminuição do tônus muscular durante o sono:

– Durante o sono, ocorre um relaxamento natural dos músculos da faringe e da língua.

– Em indivíduos predispostos, esse relaxamento pode levar à obstrução completa ou parcial da via aérea superior.

Colapso da via aérea:

– A obstrução ocorre principalmente na região da orofaringe, onde a passagem do ar é mais estreita devido a fatores anatômicos, como aumento das amígdalas, língua volumosa ou mandíbula pequena e recuada.

Hipóxia e hipercapnia:

– A interrupção da respiração reduz o oxigênio e aumenta os níveis de dióxido de carbono (CO2) no sangue, ativando centros respiratórios no cérebro que tentam restaurar a respiração.

Despertares noturnos:

– Quando a oxigenação sanguínea cai, o cérebro envia um sinal de alerta para que o indivíduo acorde momentaneamente e restabeleça a respiração.

– Esses microdespertares (muitas vezes imperceptíveis) fragmentam o sono e reduzem sua qualidade.

Ativação do sistema nervoso simpático:

– A repetida falta de oxigenação e os despertares ativam o sistema nervoso simpático, aumentando a liberação de hormônios do estresse como a adrenalina, o que contribui para o aumento da pressão arterial e o risco cardiovascular.

Prevalência e Gravidade da Apneia do Sono

– A apneia do sono é um distúrbio muito comum e, infelizmente, subdiagnosticado.

– Estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra de algum grau de apneia obstrutiva do sono.

– No Brasil, estudos apontam que entre 20% e 25% dos adultos têm a doença, mas a maioria não recebe o diagnóstico adequado.

– Os números são ainda mais preocupantes quando analisamos populações de risco:
✔️ 50% dos obesos sofrem com apneia do sono.
✔️ 60% dos hipertensos apresentam apneia não tratada.
✔️ 80% das pessoas com insuficiência cardíaca também têm apneia.

– A apneia do sono não é apenas um problema de ronco ou cansaço diurno – ela pode ser fatal se não for tratada adequadamente.

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Impacto da Apneia do Sono na Saúde

– A apneia do sono está diretamente associada a diversas complicações graves, incluindo:

🔴 Hipertensão arterial: O paciente pode desenvolver pressão alta de difícil controle, mesmo com vários medicamentos.
🔴 Doenças cardiovasculares: Maior risco de infarto do miocárdio, arritmias e acidente vascular cerebral (AVC).
🔴 Diabetes tipo 2: A falta de oxigênio durante o sono pode alterar a regulação da glicose.
🔴 Problemas cognitivos: Déficit de memória, dificuldade de concentração e aumento do risco de demência.
🔴 Aumento do risco de acidentes: O excesso de sonolência diurna aumenta o risco de acidentes de trânsito e no trabalho.

🛑 Depressão e ansiedade: A privação do sono de qualidade pode levar a distúrbios emocionais.
🛑 Impotência sexual: A apneia está associada à disfunção erétil e à diminuição da libido.

– A boa notícia é que com o diagnóstico e tratamento adequados, esses riscos podem ser reduzidos significativamente.

Principais Causas da Apneia do Sono

Obesidade:

– O excesso de gordura ao redor do pescoço e na região torácica pode comprimir as vias aéreas, dificultando a passagem do ar e aumentando a probabilidade de obstrução.

– Estudos demonstram que a obesidade está presente em cerca de 70% dos casos de apneia do sono.

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Anatomia das vias aéreas:

– Algumas características anatômicas predispõem à obstrução da respiração durante o sono, como:

  • Amígdalas e adenoides aumentadas, especialmente em crianças.
  • Desvio de septo nasal, que dificulta a passagem do ar pelo nariz.
  • Retrognatismo (mandíbula pequena e recuada), que pode reduzir o espaço disponível para a passagem do ar.
  • Língua volumosa, que pode obstruir a faringe durante o relaxamento do sono.


Uso de álcool e sedativos:

– Essas substâncias reduzem a atividade dos músculos que mantêm a faringe aberta, aumentando a chance de obstrução.


Idade:

– O envelhecimento leva à perda do tônus muscular das vias aéreas, favorecendo o colapso da faringe durante o sono.

– Isso explica a maior incidência da apneia do sono em pessoas acima dos 50 anos.

Genética e histórico familiar:

– Pessoas com parentes próximos diagnosticados com apneia do sono apresentam maior predisposição para desenvolver a condição, indicando um componente hereditário significativo.

Síndromes e doenças associadas:

– Algumas condições médicas aumentam o risco de apneia do sono, como:

  • Hipotireoidismo: Pode levar ao aumento de tecido na via aérea e à retenção de líquidos, favorecendo a obstrução.
  • Síndrome de Down: Predisposição anatômica para obstrução da via aérea.
  • Acromegalia: Crescimento anormal dos tecidos da face e faringe, dificultando a respiração.

Posição ao dormir:

– Pessoas que dormem de barriga para cima têm maior tendência a apresentar apneia do sono, pois a gravidade favorece o colapso das vias aéreas.

Principais Sintomas da Apneia do Sono

✔️ Ronco alto e frequente
✔️ Pausas na respiração durante o sono (observadas por parceiros)
✔️ Sonolência excessiva durante o dia
✔️ Dores de cabeça matinais
✔️ Dificuldade de concentração e perda de memória
✔️ Irritabilidade e alterações de humor

– Se você ou alguém próximo apresenta esses sintomas, é fundamental buscar avaliação médica.

Como é feito o Diagnóstico?

– O padrão-ouro para o diagnóstico da apneia do sono é o exame de polissonografia.

– Trata-se de um exame que monitora diversas funções do organismo durante o sono, como:

  • Atividade cerebral (eletroencefalograma).
  • Movimentos respiratórios (identificando pausas na respiração).
  • Oxigenação do sangue (detectando episódios de queda da oxigenação).
  • Movimentos corporais e fase do sono.

– A polissonografia pode ser feita em uma clínica especializada, onde o paciente dorme sob monitoramento, ou em casa, com um aparelho portátil.

– O exame permite classificar a apneia em:

📌 Leve (5 a 15 eventos por hora)
📌 Moderada (15 a 30 eventos por hora)
📌 Grave (acima de 30 eventos por hora)

– Com base nesses dados, o médico pode definir o melhor tratamento.

Tratamento da Apneia do Sono

Tratamento sem uso de remédios

– A primeira linha de tratamento inclui mudanças no estilo de vida, como:

Evitar álcool e sedativos:

– O consumo de álcool e medicamentos sedativos relaxa os músculos da garganta, favorecendo o colapso das vias aéreas e aumentando os episódios de apneia.

– Pessoas que fazem uso contínuo de sedativos devem discutir com o médico alternativas seguras para o sono.


Dormir de lado:

-A posição ao dormir pode influenciar diretamente a frequência e a intensidade das apneias.

– Deitar-se de barriga para cima facilita o fechamento da via aérea devido à ação da gravidade sobre a língua e os tecidos moles da garganta.

– Estudos mostram que pacientes que dormem de lado apresentam redução significativa nos episódios de apneia.

– Algumas estratégias para manter essa posição incluem:

  • Uso de travesseiros específicos para evitar rolar para a posição supina.
  • Dispositivos posicionais, como coletes ou almofadas, que impedem que a pessoa vire de costas durante o sono.


Perda de peso:

A perda de 10% do peso corporal pode reduzir significativamente os episódios de apneia.

– Medidas eficazes para o controle do peso incluem:

  • Reeducação alimentar com redução de calorias e aumento do consumo de fibras e proteínas.
  • Prática regular de atividade física aeróbica e de resistência.
  • Acompanhamento com nutricionista ou endocrinologista para estratégias personalizadas de emagrecimento.

Higiene do sono

– A adoção de hábitos saudáveis para regular o ciclo do sono é essencial para reduzir episódios de apneia e melhorar a qualidade do descanso.

– Algumas recomendações incluem:

  • Criar uma rotina de horários fixos para dormir e acordar, inclusive nos finais de semana.
  • Evitar o uso de telas eletrônicas (celulares, tablets e televisores) pelo menos uma hora antes de dormir, pois a luz azul interfere na produção de melatonina.
  • Manter um ambiente escuro e silencioso no quarto.
  • Evitar refeições pesadas e consumo de cafeína à noite, pois podem prejudicar a qualidade do sono.
  • Praticar atividades relaxantes antes de dormir, como meditação ou leitura leve.

Tratamento com uso de remédios

– Até o momento, não há medicamentos aprovados especificamente para o tratamento da apneia do sono.

– No entanto, algumas medicações podem ser usadas em doenças associadas a apneia do sono, com a insônia e obesidade, por exemplo.

Tratamento com CPAP

O CPAP (Pressão positiva contínua sobre as vias aéreas) é a principal terapia para casos moderados e graves.

– Ele fornece ar pressurizado através de uma máscara nasal, evitando o colapso das vias aéreas e permitindo um sono tranquilo, reduzindo significativamente os microdespertares.

Tratamento Cirúrgico

– A cirurgia pode ser indicada para pacientes que possuem alterações anatômicas das vias aéreas que predispõem à obstrução da respiração durante o sono.

As principais cirurgias indicadas para tratar a apneia do sono incluem:

🔹 Cirurgia na úvula: Esse procedimento remove o excesso de tecido na garganta, como a úvula e partes do palato mole, ajudando a manter a passagem de ar aberta. É indicado para casos em que há obstrução significativa nessa região.

🔹 Cirurgia na mandíbula: Cirurgia que move a mandíbula para frente, aumentando o espaço na garganta e melhorando o fluxo de ar. É especialmente recomendada para pessoas com mandíbula pequena ou retraída (retrognatismo).

🔹 Cirurgia nasal: Quando há desvio de septo, pólipos ou outras alterações que dificultam a respiração pelo nariz, a cirurgia pode corrigir esses problemas e facilitar a passagem de ar, reduzindo os episódios de apneia.

– A decisão de realizar uma cirurgia deve ser feita junto ao médico especialista, levando em conta a gravidade da apneia e a resposta do paciente a outros tratamentos, como o uso do CPAP.

Conclusão

– A apneia do sono é uma condição grave, mas tratável.

– Se você sofre com roncos, cansaço excessivo ou outros sintomas, procure um médico para avaliação.

– O tratamento adequado melhora a qualidade de vida, a disposição e reduz os riscos cardiovasculares.

– Não ignore os sinais da apneia – sua saúde pode estar em risco!

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