Dr. Fernando Chiodini – Cardiologia e Cardiologia intervencionista em Adrianópolis Manaus

– O diabetes mellitus é uma doença crônica silenciosa, mas que impacta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo uma parcela significativa da população brasileira.

– Seus efeitos vão muito além do controle do açúcar no sangue, podendo levar a complicações graves se não for diagnosticado e tratado corretamente.

– Entender o diabetes, suas causas, riscos e estratégias de controle é fundamental para garantir qualidade de vida e evitar complicações.

– Neste artigo, você descobrirá tudo o que precisa saber sobre essa condição, desde os primeiros sinais até as melhores formas de tratamento e prevenção.

Cardiologista – Dr. Fernando Chiodini

– Se você procura um atendimento diferenciado, em uma consulta sem pressa e que te avalia de maneira integralatualizado e baseado nas principais evidências científicas, continue lendo para conhecer melhor o Dr. Fernando!

– O Dr. Fernando Chiodini é médico cardiologista formado pelo melhor hospital especializado em cardiologia do país: Instituto do Coração da USP.

– Acompanha vários pacientes com diabetes  e possui grande experiência no assunto.

-Foi membro do corpo clínico de grandes hospitais, como Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

– Entusiasta da pesquisa científica e do ensino médico: Possui doutorado em andamento pela USP-SP, com mais de 10 artigos científicos e 4 capítulos de livros publicados. É professor do departamento de clínica médica da Universidade Federal do Amazonas. 

Veja algumas opiniões de pacientes reais do Dr. Fernando

O que é o Diabetes?

– O diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Isso acontece devido a problemas na produção ou na ação da insulina, um hormônio essencial produzido pelo pâncreas que regula a entrada do açúcar nas células para gerar energia.

– Quando a insulina não é produzida em quantidade suficiente ou não age corretamente, a glicose se acumula na corrente sanguínea, levando a diversas complicações ao longo do tempo.

– Pode se desenvolver de diferentes formas, mas todas compartilham um mesmo desafio: manter a glicose sob controle para evitar danos ao organismo.

– Ela não apenas afeta o metabolismo do açúcar, mas também pode impactar o coração, os rins, os olhos, os nervos e até a circulação sanguínea.

– Por isso, compreender o diabetes e saber como preveni-lo ou controlá-lo é essencial para garantir uma vida saudável e sem limitações.

Principais Tipos de Diabetes

– Ele é classificado em diferentes tipos, de acordo com sua causa e características:

Tipo 1 (DM1)

🔹 Doença autoimune que destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.
🔹 Surge geralmente na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em adultos.
🔹 Necessita uso contínuo de insulina, pois o organismo não produz esse hormônio.
🔹 Sintomas típicos incluem sede excessiva, urina frequente, perda de peso e fadiga.

Tipo 2 (DM2)

🔹 Forma mais comum, representando cerca de 90% dos casos.
🔹 Associado à resistência à insulina, ou seja, o organismo produz insulina, mas não a utiliza adequadamente.
🔹 Está fortemente ligado ao excesso de peso, sedentarismo e fatores genéticos.
🔹 Tratamento envolve mudança de estilo de vida, medicações orais e, em alguns casos, insulina.

Diabetes Gestacional

🔹 Ocorre durante a gravidez devido a alterações hormonais que dificultam a ação da insulina.
🔹 Aumenta o risco de macrossomia fetal (bebê grande), parto prematuro e diabetes tipo 2 no futuro.
🔹 Geralmente, normaliza após o parto, mas requer acompanhamento da mãe e do bebê.

Outros Tipos de Diabetes

🔹 Diabetes Secundário: Resulta de doenças pancreáticas, uso prolongado de certos medicamentos (como corticoides) ou distúrbios hormonais.
🔹 De Origem Genética: Forma rara, causada por mutações genéticas que afetam a produção de insulina.
🔹 Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA): Apresenta características do tipo 1, mas se desenvolve lentamente na idade adulta.

Impacto do Diabetes na Saúde no Brasil

– Atualmente ela representa um desafio significativo para a saúde pública no Brasil.

– De acordo com dados recentes, a prevalência da doença tem aumentado, afetando cerca de 20 milhões de brasileiros.

– Esse crescimento está associado ao aumento de fatores de risco, como obesidade e sedentarismo.

– O diabetes não controlado contribui para o desenvolvimento de complicações graves, aumentando a morbidade e mortalidade, além de gerar elevados custos para o sistema de saúde.

Principais Complicações que o Diabetes Pode Causar

– O controle inadequado pode levar a diversas complicações, entre as quais destacam-se:​

  • Retinopatia: Dano aos vasos sanguíneos da retina, podendo resultar em perda de visão.​
  • Nefropatia: Comprometimento dos rins, que pode evoluir para insuficiência renal.​
  • Neuropatia: Danos aos nervos periféricos, causando dor, formigamento e perda de sensibilidade, especialmente nos pés.​
  • Doenças Cardiovasculares: Aumento do risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e outras condições cardíacas.​
  • Pé Diabético: Úlceras e infecções nos pés, que podem levar à amputação se não tratadas adequadamente.

Diagnóstico do Diabetes

– O diagnóstico é estabelecido pela identificação de níveis elevados de glicemia através de exames laboratoriais.

– Conforme as diretrizes e recomendações mais recentes, é necessário pelo menos 2 testes alterados para confirmar o diagnóstico.

  • Glicemia de Jejum: Níveis de glicose no sangue após jejum de 8 horas. Valores iguais ou superiores a 126 mg/dL indicam a presença da doença.
  • Teste de Tolerância à Glicose Oral: Mede a glicemia 2 horas após a ingestão de 75g de glicose. Valores iguais ou superiores a 200 mg/dL confirmam o diagnóstico.​
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Reflete a média da glicemia nos últimos 2-3 meses. Valores iguais ou superiores a 6,5% são diagnósticos.

Existe Rastreio para o Diabetes?

– Sim! O rastreamento é fundamental para a detecção precoce da doença, permitindo um tratamento mais eficaz e a prevenção de complicações.

– Muitas pessoas convivem essa doença sem saber, pois ela pode ser assintomática nos estágios iniciais.

Quem Deve Fazer o Rastreio?

– Segundo as principais diretrizes, recomenda-se que o rastreamento seja realizado em:

Pessoas acima de 45 anos, mesmo sem sintomas, a cada 3 anos se os exames estiverem normais.
Indivíduos com sobrepeso ou obesidade (IMC ≥ 25 kg/m² ou ≥ 23 kg/m² em asiáticos).
Pessoas com histórico familiar de diabetes (parentes de primeiro grau).
Mulheres com histórico de diabetes gestacional.
Pessoas com hipertensão arterial (≥ 140/90 mmHg).
Pacientes com colesterol alto ou triglicerídeos elevados.
Pessoas com síndrome do ovário policístico (SOP).
Indivíduos com histórico de doença cardiovascular (infarto, AVC, etc.).
Pacientes com resistência à insulina ou acantose nigricans (manchas escuras na pele, indicativo de resistência à insulina).
Indivíduos com histórico de sedentarismo e alimentação inadequada.

Qual a Importância do Rastreamento?

📍 Detectar em estágios iniciais, quando ainda pode ser revertido ou controlado sem complicações.
📍 Identificar pré-diabetes, uma condição que pode evoluir para diabetes tipo 2 se não tratada.
📍 Reduzir riscos de complicações como problemas cardiovasculares, insuficiência renal, neuropatia e cegueira.

– Se você faz parte do grupo de risco, converse com seu médico e faça os exames periodicamente. A detecção precoce pode fazer toda a diferença na sua qualidade de vida!

Tratamento Comportamental do Diabetes

– O controle vai muito além do uso de medicamentos. Mudanças no estilo de vida são fundamentais para manter os níveis de glicose sob controle, prevenir complicações e garantir uma melhor qualidade de vida.

– Essas mudanças envolvem principalmente alimentação saudável, prática regular de exercícios e educação em saúde.

Alimentação Saudável: O Primeiro Passo para o Controle da Glicose

– A dieta tem um impacto direto nos níveis de glicose no sangue. Para pacientes com diabetes, o objetivo é manter uma alimentação equilibrada, evitando picos de glicemia e reduzindo a resistência à insulina.

– Algumas estratégias essenciais incluem:

Priorizar alimentos ricos em fibras – Fibras presentes em vegetais, frutas com casca, cereais integrais (aveia, quinoa, arroz integral) ajudam a retardar a absorção da glicose e proporcionam maior saciedade.

Escolher carboidratos de baixo índice glicêmico – Alimentos como batata-doce, feijão, lentilha e pão integral liberam glicose de forma mais lenta, evitando oscilações nos níveis de açúcar no sangue.

Evitar açúcares refinados e ultraprocessados – Refrigerantes, doces, massas brancas e biscoitos aumentam rapidamente a glicemia e favorecem a resistência à insulina.

Controlar a ingestão de gorduras saturadas e trans – Reduzir o consumo de embutidos, frituras e produtos industrializados ajuda a proteger o coração, já que diabéticos têm maior risco cardiovascular.

Fracionar as refeições ao longo do dia – Comer de forma equilibrada, com intervalos regulares, ajuda a manter a glicemia estável e evitar episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia.

Hidratação adequada – Beber bastante água auxilia no metabolismo da glicose e no funcionamento do organismo como um todo.

Atividade Física Regular: Controlando o Diabetes com Movimento

– A prática regular de exercícios físicos é uma das formas mais eficazes de melhorar a sensibilidade à insulina, ajudando a reduzir os níveis de glicose no sangue.

– Além disso, a atividade física contribui para o controle do peso e melhora a saúde cardiovascular.

🏃‍♂️ Exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, natação, ciclismo): Ajudam a reduzir a glicemia imediatamente após a prática e melhoram a circulação sanguínea.

🏋️‍♂️ Exercícios de resistência/musculação: Aumentam a massa muscular, que atua como um reservatório de glicose, favorecendo o controle metabólico.

🔹 Frequência recomendada: Pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos, combinados com 2 a 3 sessões de musculação.

🔹 Atenção à glicemia antes do exercício: Pacientes diabéticos devem monitorar a glicemia antes e depois das atividades para evitar hipoglicemia.

Educação em Saúde: Conhecimento para um Melhor Controle

– O diabetes exige autocuidado constante, e a melhor maneira de garantir um bom controle da doença é compreender seu funcionamento e impacto no organismo.

📚 Participação em programas educativos – Consultas com médicos, nutricionistas e educadores em diabetes ajudam o paciente a entender como ajustar sua alimentação, medicações e estilo de vida para manter o controle glicêmico.

📊 Monitoramento diário da glicose – Pacientes em uso de insulina ou com diabetes descompensado devem monitorar a glicemia regularmente para identificar padrões e prevenir complicações.

🎯 Definição de metas realistas – Cada paciente deve ter um plano individualizado, com metas personalizadas para hemoglobina glicada, peso, pressão arterial e perfil lipídico.

Tratamento do Diabetes com Uso de Medicamentos

– Além das mudanças no estilo de vida, muitos pacientes com diabetes necessitam de tratamento com remédios para manter a glicemia sob controle e reduzir o risco de complicações.

– A escolha dos medicamentos depende de diversos fatores, como:

  • Tipo de diabetes
  • Presença de outras doenças
  • Idade do paciente
  • Resposta individual ao tratamento

O tratamento pode incluir antidiabéticos orais e, em alguns casos, insulina.

Medicamentos Orais para Controle da Glicemia

🔹 Medicamentos que melhoram a sensibilidade à insulina – Essas substâncias ajudam as células a utilizar a glicose de maneira mais eficiente, reduzindo a resistência à insulina e facilitando o controle da glicemia.

🔹 Medicamentos que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas – São indicados para pacientes cujo organismo ainda produz insulina, mas em quantidades insuficientes. Funcionam aumentando a liberação do hormônio, especialmente após as refeições.

🔹 Medicamentos que reduzem a absorção de glicose no intestino – Essas substâncias diminuem a quantidade de glicose que entra na corrente sanguínea após a alimentação, ajudando a evitar picos de glicemia.

🔹 Medicamentos que eliminam o excesso de glicose pela urina – Esses medicamentos atuam nos rins, promovendo a eliminação do açúcar em excesso pelo organismo e contribuindo para o controle da glicemia.

🔹 Análogos de hormônios reguladores da fome (GLP-1 e GIP): Além de auxiliarem no controle glicêmico, trazem benefícios adicionais:

  • Proteção cardiovascular e renal.
  • Auxiliam na perda de peso

Tratamento com Insulina: Quando é Necessária?

– A insulina é essencial para pacientes com diabetes tipo 1, pois nesses casos o organismo não produz insulina e precisa da reposição para manter o funcionamento adequado.

– No diabetes tipo 2, a insulinoterapia pode ser indicada em diversas situações:

✔ Quando o controle glicêmico não é alcançado com medicamentos orais.
✔ Em casos de diabetes avançado, onde há falência da função pancreática.
✔ Durante períodos específicos, como cirurgias, internações hospitalares ou gestação.

– A administração da insulina pode ser feita de diferentes formas, com esquemas personalizados de acordo com as necessidades do paciente.

– O acompanhamento médico é fundamental para definir a melhor estratégia e evitar complicações como hipoglicemia.

A Escolha do Tratamento Deve Ser Individualizada

– Cada paciente tem necessidades diferentes, por isso o tratamento deve ser personalizado, levando em consideração fatores como:

Idade e condição clínica – Pacientes idosos ou com doenças cardiovasculares podem precisar de ajustes específicos na terapia.
Histórico de complicações – Quem já apresenta doenças renais ou problemas cardíacos pode se beneficiar de medicamentos que oferecem proteção adicional.
Estilo de vida e adesão ao tratamento – A escolha do medicamento deve levar em conta a facilidade de uso e a rotina do paciente.

– O tratamento medicamentoso do diabetes é uma ferramenta essencial para o controle da glicemia, mas deve ser sempre aliado a um estilo de vida saudável para garantir os melhores resultados e a prevenção de complicações a longo prazo.

Quando Devemos Procurar o Pronto-Socorro?

– Pessoas com diabetes devem buscar atendimento de emergência nas seguintes situações:​

  • Hipoglicemia Grave: Sintomas como confusão mental, perda de consciência ou convulsões.​ Geralmente ocorre quando a glicemia está < 70.
  • Hiperglicemia Severa: Glicemias persistentemente elevadas (acima de 300 mg/dL) acompanhadas de sintomas como náuseas, vômitos e desidratação.​

Nessas situações, a intervenção médica imediata é crucial para evitar complicações graves.​

Diabetes na Gestação: Cuidados Essenciais para a Saúde da Mãe e do Bebê

– O diabetes gestacional ocorre quando há aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez.

– Isso acontece devido a mudanças hormonais que reduzem a ação da insulina, dificultando o controle glicêmico.

– Além disso, mulheres com diabetes pré-existente (tipo 1 ou tipo 2) precisam de acompanhamento rigoroso para garantir uma gestação segura.

Principais Riscos do Diabetes na Gestação:

✅ Maior risco de parto prematuro e necessidade de cesariana.
✅ Aumento do risco de macrossomia fetal (bebê com peso elevado), dificultando o parto.
✅ Maior probabilidade de hipoglicemia neonatal, fazendo com que o bebê precise de cuidados intensivos logo após o nascimento.
✅ Risco aumentado de pré-eclâmpsia (pressão alta na gravidez), que pode comprometer a saúde da mãe e do bebê.

Como Controlar o Diabetes na Gravidez?

Dieta balanceada – O acompanhamento com nutricionista é essencial para evitar picos glicêmicos.
Monitoramento frequente da glicemia – É necessário fazer medições diárias, com controle rigoroso dos valores.
Exercícios leves e regulares – Quando permitidos pelo obstetra, ajudam no controle da glicemia.
Uso de insulina quando necessário – Diferente de outros medicamentos para diabetes, a insulina é segura na gravidez e pode ser indicada para manter os níveis adequados de glicose.

– Após o parto, mulheres com diabetes gestacional devem continuar o acompanhamento médico, pois têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Diabetes em Idosos: Particularidades e Cuidados Especiais

– O diabetes na população idosa requer um manejo diferenciado devido às mudanças fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento.

– Além das complicações metabólicas, idosos diabéticos apresentam maior vulnerabilidade a problemas cardiovasculares, neuropatias e quedas.

Desafios no Controle do Diabetes em Idosos:

🔹 Maior risco de hipoglicemia, pois a resposta hormonal ao baixo nível de glicose no sangue pode ser menos eficaz.
🔹 Comprometimento cognitivo, dificultando a adesão ao tratamento e ao controle glicêmico.
🔹 Perda de massa muscular e risco aumentado de sarcopenia, agravando o impacto da doença no organismo.
🔹 Presença de múltiplas doenças crônicas e uso de diversos medicamentos (polifarmácia), o que pode aumentar as interações medicamentosas.

Estratégias para o Tratamento do Diabetes em Idosos:

Alvo glicêmico mais flexível – O controle glicêmico deve evitar hipoglicemias severas, priorizando o bem-estar do paciente.
Atenção ao uso de medicamentos – Algumas classes de remédios para diabetes podem aumentar o risco de hipoglicemia em idosos e devem ser evitadas.
Atividade física adaptada – Exercícios devem ser ajustados para prevenir quedas e manter a força muscular.
Cuidado com a nutrição – A alimentação deve ser equilibrada, garantindo aporte adequado de proteínas e fibras.
Monitoramento regular da função renal e cardiovascular, pois idosos diabéticos têm maior risco de complicações nesses órgãos.

– O tratamento do diabetes na terceira idade deve ser individualizado, levando em consideração a qualidade de vida e a autonomia do paciente.

Consultas regulares com um médico são essenciais para ajustes na medicação e acompanhamento contínuo da saúde.

Recomendações de Seguimento do Paciente com Diabetes

– O diabetes exige um acompanhamento contínuo para evitar complicações.

– O seguimento do paciente deve incluir:

1. Monitoramento da Glicemia

Hemoglobina glicada (HbA1c) – Exame que mede a glicemia média dos últimos 2-3 meses. Deve ser realizado a cada 3 a 6 meses.
Glicemia capilar – Pacientes em uso de insulina devem monitorar a glicose diariamente para ajustar o tratamento.

2. Exames de Rotina para Controle do Diabetes

📌 Perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos) – Avaliar risco cardiovascular, idealmente anualmente.
📌 Função renal (creatinina, albuminúria) – Detectar sinais de doença renal diabética, com exames anual ou semestral.
📌 Exame de fundo de olho – Prevenção e detecção precoce da retinopatia diabética, realizado anualmente.
📌 Avaliação dos pés – Identificar lesões, neuropatias e alterações vasculares, realizada pelo menos uma vez ao ano.

3. Controle de Fatores de Risco

Pressão arterial – O ideal é mantê-la abaixo de 130/80 mmHg, especialmente para diabéticos com risco cardiovascular.
Peso corporal – Perda de 5 a 10% do peso pode melhorar o controle glicêmico.
Parar de fumar – O tabagismo piora as complicações do diabetes e aumenta o risco cardiovascular.

4. Vacinação para Pacientes Diabéticos

📌 Gripe (anual) – Reduz o risco de complicações respiratórias.
📌 Pneumonia (Pneumocócica 13 e 23) – Protege contra infecções pulmonares graves.
📌 Hepatite B – Indispensável para diabéticos, pois há maior risco de infecção.

5. Acompanhamento Multidisciplinar

Endocrinologista – Para ajustes no tratamento e controle metabólico.
Cardiologista – Pacientes diabéticos têm risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Nutricionista – Auxilia na alimentação adequada para controle glicêmico.
Oftalmologista – Avaliação da visão para prevenir complicações.
Nefrologista – Caso haja comprometimento renal.

– Manter um acompanhamento regular e seguir as orientações médicas é fundamental para evitar complicações e garantir uma vida saudável e equilibrada para o paciente diabético.

O Que é o Diagnóstico de Pré-Diabetes?

– O pré-diabetes é uma condição intermediária entre os níveis normais de glicose no sangue e o diabetes tipo 2.

– Nesse estágio, os níveis de açúcar no sangue estão acima do normal, mas ainda não são altos o suficiente para caracterizar diabetes.

– Trata-se de um sinal de alerta de que o organismo já está com dificuldades para processar a glicose adequadamente.

– Se não tratado, o pré-diabetes pode evoluir para diabetes tipo 2 em alguns anos. Além disso, mesmo antes da progressão para diabetes, o pré-diabetes já está associado a maior risco cardiovascular, aumentando a chance de infarto e AVC.

Como é Feito o Diagnóstico?

– O diagnóstico do pré-diabetes é estabelecido com base em exames laboratoriais:

📌 Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL – Valores acima de 126 mg/dL já caracterizam diabetes.
📌 Hemoglobina glicada (HbA1c) entre 5,7% e 6,4% – Acima de 6,5% já é considerado diabetes.
📌 Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) entre 140 e 199 mg/dL após 2 horas – Acima de 200 mg/dL indica diabetes.

– Se um desses exames apresentar alteração dentro dessas faixas, o paciente já é considerado pré-diabético e precisa iniciar medidas de controle.

Como é Feito o Tratamento do Pré-Diabetes? É Preciso Tomar Remédio?

– O tratamento do pré-diabetes foca principalmente em mudanças no estilo de vida, pois esse é o momento ideal para evitar ou retardar a progressão para o diabetes tipo 2.

Mudanças no Estilo de Vida

Perda de peso – Reduzir 5% a 10% do peso corporal já melhora significativamente a resistência à insulina e o controle da glicose.
Alimentação saudável – Preferir carboidratos de baixo índice glicêmico (fibras, grãos integrais, proteínas magras) e evitar ultraprocessados e açúcares.
Atividade física regular – Pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, natação, dança) e musculação.
Controle do estresse e sono adequado – O estresse e noites mal dormidas aumentam a resistência à insulina.

É Preciso Tomar Remédio?

📍 A maioria dos casos de pré-diabetes pode ser revertida apenas com mudanças no estilo de vida.
📍 No entanto, em algumas situações o médico pode indicar medicamentos para auxiliar o controle da glicose e reduzir a progressão para o diabetes tipo 2:

  • Idade < 60 anos
  • Obesos com IMC acima de 35Kg/m²
  • Mulheres com histórico de diabetes gestacional

Como é Feito o Seguimento do Paciente com Pré-Diabetes?

– O acompanhamento regular do paciente pré-diabético é essencial para evitar a progressão da doença e monitorar possíveis complicações.

Exames Periódicos:

📌 Hemoglobina glicada (HbA1c) – A cada 6 meses, para avaliar se houve melhora ou progressão da condição.
📌 Glicemia de jejum – Pode ser solicitada periodicamente para acompanhar os níveis de glicose.
📌 Perfil lipídico e pressão arterial – Pacientes com pré-diabetes têm maior risco cardiovascular, então o controle de colesterol e pressão arterial também deve ser feito regularmente.
📌 Monitoramento do peso e circunferência abdominal – O acúmulo de gordura na região abdominal está fortemente associado à resistência à insulina.

Consultas Médicas Regulares:

📍 A cada 6 meses a 1 ano, dependendo da evolução do paciente.
📍 O médico pode ajustar a abordagem conforme os resultados dos exames e as mudanças no estilo de vida.

Objetivo do Seguimento:

Reverter o pré-diabetes e evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Prevenir complicações metabólicas e cardiovasculares.
Garantir qualidade de vida e bem-estar do paciente a longo prazo.

Se você foi diagnosticado com pré-diabetes, não espere o problema se tornar maior. Pequenas mudanças no dia a dia podem evitar o diabetes e melhorar sua saúde!

Conclusão

– O diabetes é uma doença crônica que exige acompanhamento contínuo, mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, tratamento medicamentoso para garantir um controle adequado da glicemia.

– Embora seja uma condição séria, o diabetes pode ser gerenciado com sucesso quando há diagnóstico precoce, monitoramento regular e adoção de hábitos saudáveis.

– É essencial que cada paciente receba um acompanhamento individualizado, com orientações médicas baseadas no seu perfil clínico e nas suas necessidades específicas.

– O controle adequado do diabetes não só previne problemas como doenças cardiovasculares, renais e neuropáticas, mas também possibilita uma vida mais saudável e ativa.

– Se você tem fatores de risco ou já foi diagnosticado com diabetes, busque acompanhamento médico regularmente e siga as recomendações para manter a glicemia sob controle.

– Com o tratamento correto e mudanças no estilo de vida, é possível viver bem e evitar complicações futuras.

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