Dr. Fernando Chiodini – Cardiologia e Cardiologia intervencionista em Adrianópolis Manaus

– A pericardite e a miocardite são condições inflamatórias que afetam o coração e podem ter consequências graves se não forem diagnosticadas e tratadas corretamente.

– Ambas podem surgir após infecções virais, doenças autoimunes, exposição a toxinas e até como reação a certos medicamentos.

– Embora compartilhem algumas semelhanças, essas doenças afetam partes diferentes do coração:

🔹 Pericardite – Inflamação do pericárdio, a membrana que envolve o coração.
🔹 Miocardite – Inflamação do miocárdio, que é o músculo cardíaco responsável por bombear o sangue.

– A seguir, vamos entender melhor essas doenças, seus sintomas, diagnóstico e as melhores formas de tratamento.

Cardiologista – Dr. Fernando Chiodini

– O Cardiologista é o especialista em diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com pericardite e miocardite

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– O Dr. Fernando Chiodini é médico cardiologista formado pelo melhor hospital especializado em cardiologia do país: Instituto do Coração da USP.

– Acompanha vários pacientes com este diagnóstico e tem ampla experiência no assunto.

-Foi membro do corpo clínico de grandes hospitais, como Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

– Entusiasta da pesquisa científica e do ensino médico: Possui doutorado em andamento pela USP-SP, com mais de 10 artigos científicos e 4 capítulos de livros publicados. É professor do departamento de clínica médica da Universidade Federal do Amazonas.

Veja algumas opiniões de pacientes reais do Dr. Fernando

O Que é a Pericardite?

– A pericardite é uma inflamação do pericárdio, uma membrana que envolve o coração e contém uma pequena quantidade de líquido lubrificante.

– Sua principal função é proteger o coração e reduzir o atrito entre os batimentos cardíacos e as estruturas vizinhas.

– Quando ocorre inflamação, o pericárdio pode produzir excesso de líquido, levando a um quadro chamado derrame pericárdico.

– Em casos mais graves, esse acúmulo pode comprimir o coração e dificultar seu funcionamento, uma condição perigosa conhecida como tamponamento cardíaco.

– Ela pode ser aguda (duração menor que 6 semanas) ou crônica (persistente por mais de 3 meses).

O Que é a Miocardite?

– Trata-se da inflamação do próprio músculo do coração (miocárdio).

– Em alguns casos, a inflamação pode ser tão severa que prejudica a capacidade do coração de bombear sangue, levando a um quadro de insuficiência cardíaca, em que o coração aumenta de tamanho e perde sua força contrátil.

– Ela pode ser subclínica (sem sintomas aparentes) ou grave, exigindo tratamento hospitalar.

A Miocardite e a Pericardite Podem Acontecer ao Mesmo Tempo?

– Sim! Elas podem ocorrer simultaneamente, sendo chamadas de miopericardite.

– Isso ocorre porque infecções virais e processos inflamatórios sistêmicos podem atingir tanto o músculo cardíaco quanto a membrana que o reveste.

– Os sintomas nesses casos podem ser mais intensos, e o risco de complicações, como arritmias e insuficiência cardíaca, pode ser maior.

– Pacientes com miopericardite devem ser monitorados de perto por um cardiologista, pois a inflamação pode afetar a função cardíaca a longo prazo.

O Quão Comum é a Pericardite e a Miocardite?

– Estudos apontam que a pericardite pode representar 5% das causas de dor torácica em emergências, sendo mais frequente em homens jovens.

– Já a miocardite pode ser subdiagnosticada, pois os sintomas podem ser inespecíficos. Estima-se que 1 a 10% dos pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca apresentem miocardite como causa subjacente.

– A incidência aumentou nos últimos anos, especialmente após infecções virais e quadros pós-COVID-19.

Principais Causas da Pericardite e Miocardite


✔ Infecções virais (vírus da gripe, HIV, COVID-19, citomegalovírus, dengue, vírus que causam diarreia)
✔ Infarto do miocárdio (síndrome pós-infarto)
✔ Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, febre reumática)
✔ Insuficiência renal avançada
✔ Pós-procedimentos de cirurgia cardíaca 
✔ Câncer com metástase no pericárdio
✔ Infecções bacterianas
✔ Toxinas e drogas (álcool, cocaína, quimioterápicos)
✔ Doença de chagas
✔ Reações a medicamentos

Sintomas da Pericardite e Miocardite

– Os sintomas podem variar desde leves até quadros graves que necessitam de internação imediata:


🔹 Dor torácica – Geralmente em pontada, piora ao deitar e respirar. Melhora ao se inclinar para frente e com uso de anti-inflamatórios.
🔹 Febre e calafrios – Indicativos de infecção associada.
🔹 Falta de ar – Pode ocorrer em casos de derrame pericárdico.
🔹 Palpitações – Sensação de batimentos irregulares.
🔹 Fadiga intensa e cansaço – Mesmo com pequenos esforços.
🔹 Falta de ar progressiva – Principalmente ao deitar ou durante o sono.
🔹 Inchaço nos pés e pernas – Sinal de insuficiência cardíaca.

– Se houver sintomas como desmaios, dor torácica intensa e falta de ar grave, procure um pronto-socorro imediatamente.

Diagnóstico da Pericardite e Miocardite

– O diagnóstico deve ser feito com base na história clínica, exame físico e exames complementares, como:

📌 Eletrocardiograma (ECG) – Pode mostrar sinais inflamatórios ou arritmias.
📌 Ecocardiograma – Avalia a função do coração e a presença de derrame pericárdico.
📌 Ressonância Magnética Cardíaca – Exame mais sensível para detectar inflamação no miocárdio.
📌 Exames de sangue – Podem identificar inflamação, lesão no coração e, em alguns casos, identificar a causa.

– Em casos duvidosos, pode ser necessária uma biópsia miocárdica, embora seja um exame reservado para situações mais graves.

Quando Procurar o Pronto-Socorro?

🚨 Procure atendimento médico imediatamente se apresentar:
✔ Dor intensa no peito, especialmente se piora ao respirar
✔ Falta de ar súbita e progressiva
✔ Desmaios ou tonturas frequentes
✔ Batimentos cardíacos muito acelerados ou irregulares
✔ Inchaço excessivo nos membros inferiores

– O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves.

Tratamento da Pericardite e Miocardite

– O tratamento da pericardite e da miocardite varia conforme a causa subjacente, a gravidade dos sintomas e a presença de complicações.

– Alguns casos são leves e se resolvem com repouso e anti-inflamatórios, enquanto outros podem evoluir para insuficiência cardíaca, arritmias ou tamponamento cardíaco, exigindo internação hospitalar e tratamentos mais agressivos.

– O acompanhamento com um cardiologista é essencial para garantir uma recuperação segura, evitando recidivas e prevenindo possíveis sequelas cardíacas.

Tratamento objetivando reduzir a inflamação


– A inflamação é o principal problema na pericardite e miocardite e, quando não controlada, pode comprometer a estrutura e a função do coração.

1. Anti-inflamatórios

– Os anti-inflamatórios são a base do tratamento inicial, especialmente para a pericardite viral.

💊 Como funcionam?
✔ Diminuem a resposta inflamatória no pericárdio e no miocárdio.
✔ Aliviam a dor torácica associada à inflamação.
✔ Melhoram os sintomas dentro de alguns dias, mas devem ser usados conforme orientação médica para evitar efeitos colaterais.

📌 Atenção: Os anti-inflamatórios devem ser evitados em pacientes com insuficiência renal ou gastrite, pois podem agravar essas condições.

2. Colchicina

A colchicina é um medicamento amplamente utilizado em crises de pericardite e miocardite, especialmente nos casos recorrentes.

💊 Como funciona?
✔ Reduz a inflamação e a chance de recorrência da doença.
✔ Pode ser usada associada a anti-inflamatórios para potencializar o efeito.
✔ O tempo de uso pode variar ao redor de 6 meses, dependendo da resposta ao tratamento.                                                                                                                                      ✔ Auxilia na prevenção de recorrências de dor e de outros episódios de pericardite.

📌 Efeitos colaterais: Náuseas, diarreia e toxicidade em altas doses. O uso deve ser monitorado pelo médico.

3. Terapia Antiviral ou Antibiótica

– Nos casos de pericardite ou miocardite infecciosa, o tratamento deve ser direcionado à causa específica:

🦠 Infecção viral – Em algumas situações, antivirais específicos podem ser indicados, mas, na maioria dos casos, o próprio sistema imunológico resolve a infecção.
🦠 Infecção bacteriana – Geralmente possui uma apresentação mais grave e antibióticos são sempre necessários.
🦠 Infecção fúngica – Assim como a bacteriana, costumam ter uma apresentação mais grave e gerlamente podem exigir internação e suporte avançado.

📌 Quando o tratamento da infecção é essencial?
✔ Em pacientes imunossuprimidos ou com doenças crônicas.
✔ Quando há suspeita de endocardite infecciosa associada.

Tratamento objetivando tratar complicações

– Em casos mais graves, o tratamento precisa ser mais agressivo para evitar insuficiência cardíaca, arritmias graves e tamponamento cardíaco.

1. Drenagem Pericárdica (Pericardiocentese) – Para Casos Graves de Derrame Pericárdico

– O derrame pericárdico é um acúmulo excessivo de líquido ao redor do coração. Se a quantidade for muito grande, pode impedir o coração de se contrair adequadamente, levando ao tamponamento cardíaco, uma emergência médica.

💉 Como é feito o procedimento?
✔ O líquido em excesso é drenado com uma agulha ou cateter inserido no pericárdio.
✔ Melhora rapidamente os sintomas de falta de ar e pressão no tórax.
✔ Pode ser necessário deixar um dreno por alguns dias para evitar novo acúmulo.

📌 Quando a drenagem é necessária?
✔ Se houver sinais de tamponamento cardíaco (queda da pressão arterial, falta de ar intensa).
✔ Quando o derrame pericárdico for muito volumoso e sintomático.

2. Medicamentos para Insuficiência Cardíaca e Arritmias

– Quando há o comprometimento da função cardíaca, podem ser necessários medicamentos para melhorar a força do coração e controlar sintomas.

💊 Principais classes utilizadas:
Diuréticos – Para reduzir o excesso de líquido no corpo e aliviar o inchaço.
Betabloqueadores – Para proteger o coração de arritmias e diminuir o esforço cardíaco.
Vasodilatadores – Ajudam a reduzir a sobrecarga no coração e melhoram a função cardíaca.

📌 Quando esses medicamentos são indicados?
✔ Pacientes com sinais de insuficiência cardíaca, como falta de ar e inchaço.
✔ Pessoas que apresentaram fraqueza no músculo cardíaco (disfunção ventricular).

3. Evitar Exercícios Físicos Intensos

Pessoas com pericardite e miocardite devem evitar exercícios físicos por pelo menos 3 a 6 meses, pois o esforço pode agravar a inflamação e aumentar o risco de arritmias fatais.

🚫 O que evitar?
✔ Esportes de alta intensidade (corrida, futebol, musculação pesada).
✔ Esforços prolongados, como subir escadas rapidamente.
✔ Atividades que causem fadiga excessiva.

📌 Quando pode voltar a praticar esportes?
✔ Somente após liberação médica e exames que confirmem a recuperação do coração.

4. Uso de Imunossupressores (Casos Autoimunes ou Graves)

– Em casos de pericardite ou miocardite de origem autoimune, pode ser necessário o uso de corticosteroides e imunossupressores, especialmente quando a inflamação persiste apesar dos tratamentos convencionais.

💊 Principais indicações:
✔ Pacientes com lúpus ou artrite reumatoide associados à inflamação cardíaca.
✔ Casos graves de pericardite ou miocardite autoimune ou fulminante.

📌 Atenção: O uso prolongado desses medicamentos pode ter efeitos colaterais e deve ser feito com acompanhamento médico rigoroso.

Conclusão

– A pericardite e a miocardite são doenças cardíacas inflamatórias que podem ter complicações graves se não forem tratadas a tempo.

– Ambas podem ser causadas por infecções, doenças autoimunes ou exposição a toxinas.

– Se houver dor no peito, falta de ar, palpitações ou desmaios, procure um cardiologista para avaliação imediata. O diagnóstico precoce pode evitar complicações como insuficiência cardíaca e arritmias fatais.

Cuide do seu coração e fique atento aos sinais do seu corpo!

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