Dr. Fernando Chiodini – Cardiologia e Cardiologia intervencionista em Adrianópolis Manaus

– O colesterol elevado é uma das doenças crônicas mais comuns na população brasileira, mas muitas vezes passa despercebido, pois não apresenta sintomas claros na esmagadora maioria das vezes.

– No entanto, seus efeitos podem ser devastadores, contribuindo para doenças cardiovasculares graves e até mesmo fatais.

– Com informações adequadas, é possível prevenir, diagnosticar e tratar o colesterol alto para proteger sua saúde.

– Neste artigo, vamos explicar de forma simples tudo o que você precisa saber sobre o colesterol elevado.

Cardiologista – Dr. Fernando Chiodini

– O Cardiologista é o especialista em diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com colesterol elevado e suas complicações.

– O Dr. Fernando Chiodini é médico cardiologista formado pelo melhor hospital especializado em cardiologia do país: Instituto do Coração da USP.

– Se você procura um atendimento diferenciado, em uma consulta sem pressa e que te avalia de maneira integral, atualizado e baseado nas principais evidências científicas, continue lendo para conhecer melhor o Dr. Fernando!

– Possui grande experiência no assunto, e acompanha vários pacientes com colesterol elevado e suas doenças associadas, avaliando de forma individual o melhor tratamento para seu controle.

– Também atua prevenindo e identificando as complicações dessa doença tão comum.

Veja algumas opiniões de pacientes reais do Dr. Fernando

Impacto na Saúde

– No Brasil, estima-se que cerca de 40% da população adulta apresente níveis elevados de colesterol.

– Essa condição é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no país.

– Além disso, muitas pessoas não sabem que têm colesterol alto, pois na esmagadora maioria dos casos não existe NENHHUM sintoma.

Sintomas podem aparecer em casos de níveis extremamente elevados de colesterol ou triglicerídeos, principalmente quando associado a doenças mais raras ou complicações, como o infarto e acidente vascular cerebral.

– Desta forma, é essencial conscientizar a população sobre a importância do controle dos níveis de colesterol.

Principais Doenças que o Colesterol Pode Causar

– O excesso de colesterol no sangue pode levar ao acúmulo de gordura nas paredes das artérias do corpo todo, um processo chamado aterosclerose.

– A aterosclerose pode proporcionar doenças graves, como:

Infarto do Miocárdio:

– O bloqueio das artérias coronárias impede que o coração receba oxigênio e nutrientes suficientes, causando a morte de parte do músculo cardíaco.

Se não tratado rapidamente, pode gerar sequelas graves, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca (“coração grande”) e até mesmo a morte.

– Caso queira saber mais sobre o infarto, elaboramos um artigo bem completo sobre o assunto, CLIQUE AQUI.

Acidente Vascular Cerebral (AVC):

– O entupimento de vasos sanguíneos no cérebro pode causar danos neurológicos graves, como paralisia, dificuldades na fala e na coordenação motora, e, em casos mais severos, pode ser fatal.

Doença Arterial Periférica:

– O colesterol alto também afeta os vasos sanguíneos das pernas e braços, reduzindo o fluxo de sangue para os membros.

Isso pode causar dor ao caminhar, sensação de queimação, dormência e, em casos graves, pode levar à amputação.

Aneurisma de aorta abdominal:

– O acúmulo de placas de gordura enfraquece as paredes das artérias, especialmente na aorta, a principal artéria do corpo.

– Isso pode levar à formação de aneurismas, que são dilatações anormais das artérias. O rompimento de um aneurisma é uma emergência médica com alta taxa de mortalidade.

Pancreatite aguda:

– Além dos problemas cardiovasculares, o aumento dos níveis de triglicerídeos é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de pancreatite aguda.

– Quando estão extremamente elevados (geralmente acima de 500 mg/dL), eles podem desencadear inflamação no pâncreas, levando a dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e, em casos graves, complicações como infecção, necrose pancreática e falência de órgãos.

– A pancreatite relacionada aos triglicerídeos é uma condição séria que requer tratamento médico imediato.

Quem Causa o Colesterol Elevado?

– O colesterol elevado pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos e de estilo de vida. Entre as principais causas, destacam-se:

  • Alimentação Desequilibrada: O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como frituras, embutidos e ultraprocessados, contribui significativamente para o aumento do colesterol.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física reduz a capacidade do corpo de metabolizar o colesterol.
  • Sobrepeso e Obesidade: O excesso de gordura corporal está diretamente relacionado ao desequilíbrio nos níveis de colesterol.
  • Fatores Genéticos: Algumas pessoas têm predisposição hereditária para ter colesterol alto, independentemente do estilo de vida.
  • Tabagismo: O cigarro reduz os níveis de HDL (o colesterol “bom”) e aumenta os de LDL (o colesterol “ruim”), agravando o risco de doenças cardiovasculares.
  • Consumo excessivo de álcool
  • Hipotireoidismo
  • Idade e Sexo: Com o envelhecimento, os níveis de colesterol tendem a aumentar. – Além disso, após a menopausa, as mulheres costumam apresentar um aumento no colesterol LDL.

Como é feito o Diagnóstico?

– O colesterol elevado é diagnosticado por meio de um exame de sangue chamado perfil lipídico. Este exame avalia:

Colesterol Total:

– O colesterol total é a soma de todas as frações de colesterol presentes no sangue, incluindo o o HDL e outros lipídeos.

 Embora o colesterol total forneça uma visão geral do perfil lipídico, ele não é o melhor indicador isolado de risco cardiovascular, pois não diferencia entre o colesterol “bom” e o “ruim”.

Valores elevados de colesterol total podem ser um sinal de risco aumentado para doenças cardiovasculares, mas é fundamental entender quais frações estão elevadas para determinar a abordagem de tratamento mais adequada.

LDL (lipoproteína de baixa densidade):

Considerado o “mau” colesterol, porque seu excesso pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura que dificultam a circulação sanguínea.

– Redução dos níveis de LDL é um dos principais objetivos no tratamento do colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares.

HDL (lipoproteína de alta densidade):

Conhecido como “bom” colesterol, pois ajuda a remover o excesso de colesterol LDL das artérias, transportando de volta ao fígado para ser eliminado.

– Níveis elevados de HDL estão associados a um menor risco de doenças cardiovasculares

Triglicerídeos:

Outro tipo de gordura presente no sangue, formados a partir do excesso de calorias ingeridas, especialmente provenientes de carboidratos e açúcares da dieta.

Níveis elevados também estão associados a um maior risco de doenças do coração, além de aumento de risco de pancreatite.

Atualizações importantes sobre o diagnóstico

– Nos últimos anos, as últimas diretrizes e estudos nacionais e internacionais sobre o estudo do colesterol, recomenda a dosagem de outros componentes do perfil lipídico, trata-se das lipoproteínas

Lipoproteína A [Lp(a)]:

– É uma partícula lipoproteica semelhante ao LDL, mas com uma proteína adicional chamada Apolipoproteína(a).

Níveis elevados de Lp(a) são considerados um fator de risco independente para doenças cardiovasculares e para o acúmulo de placas nas artérias

Apolipoproteína B (ApoB):

– É a principal proteína encontrada nas partículas de LDL, VLDL e IDL, que são as lipoproteínas aterogênicas (formadoras de placas de gordura no corpo).

– A dosagem da ApoB auxilia em estimativa mais precisa do número total de partículas aterogênicas no sangue do que apenas o colesterol LDL.

Estudos mostram que a concentração de ApoB é um preditor mais forte de risco cardiovascular do que os níveis de LDL isoladamente.

– Avaliar a Lp(a) e a ApoB pode ser útil para estratificar melhor o risco cardiovascular em alguns pacientes selecionados.

Segundo a última diretriz europeia, recomenda-se solicitar estes exames em pacientes portadores de:

  • Diabetes tipo 2
  • Obesidade ou síndrome metabólica
  • Pessoas com triglicerídeos aumentados
  • Níveis baixos de colesterol LDL.

Exames Complementares para Diagnóstico da Aterosclerose

– O diagnóstico precoce da aterosclerose é fundamental para prevenir complicações cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

– Além dos exames laboratoriais para avaliação do perfil lipídico, existem exames de imagem e outros testes específicos que ajudam a estratificar melhor o grau de aterosclerose e definir o melhor plano terapêutico para cada paciente.

– Os principais exames utilizados estão:

Tomografia Computadorizada para Score de Cálcio:

– É um exame de imagem que quantifica o cálcio presente nas artérias coronárias: forte indicativo de aterosclerose, mesmo em pacientes assintomáticos.

– Ajuda estratificar o risco cardiovascular em pacientes selecionados, orientando a necessidade de intervenções mais robustas.

Angiotomografia Computadorizada das Coronárias:

Exame de imagem que visualiza as artérias do coração e identifica a presença de placas de gordura, calcificações e estreitamentos (estenoses).

Doppler de Carótidas:

– Utilizado para detectar o acúmulo de placas de gordura nas artérias que irrigam o cérebro.

– Permite avaliar a espessura das artérias, um marcador precoce de aterosclerose, além de medir a velocidade do fluxo sanguíneo, indicando possíveis obstruções.

Índice Tornozelo-Braquial (ITB):

– Exame simples e não invasivo que compara a pressão arterial medida no tornozelo com a pressão no braço.

– ITB menor que 0,9 indica a presença de doença arterial periférica (DAP), um marcador importante de aterosclerose sistêmica.  

Tratamento Comportamental do Colesterol Elevado

– Mudanças no estilo de vida é o pilar central para controlar o colesterol e prevenir complicações.

– Aqui estão as principais recomendações:

  • Dieta Saudável:
    • Reduzir o consumo de gorduras saturadas (presentes em carnes gordurosas e laticínios integrais) e gorduras trans (presentes em alimentos industrializados).
    • Priorizar alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, leguminosas, frutas e verduras, que ajudam a reduzir o LDL.
    • Incluir peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, que aumentam o HDL e protegem o coração.
  • Prática Regular de Atividade Física: Exercícios aeróbicos, como caminhar, nadar ou pedalar, ajudam a aumentar o HDL e a reduzir o LDL.
  • Controle do Peso: Manter um peso saudável é essencial para o equilíbrio dos níveis de colesterol.
  • Evitar Tabaco e Álcool: Parar de fumar e moderar o consumo de bebidas alcoólicas trazem benefícios significativos para a saúde cardiovascular.

Tratamento Farmacológico do Colesterol Elevado

– As opções terapêuticas devem ser sempre discutidas com o médico, que avaliará a melhor abordagem com base no perfil de risco do paciente, nos resultados dos exames laboratoriais e na tolerância aos medicamentos.

– A adesão ao tratamento é fundamental para o sucesso na redução do colesterol e na prevenção de complicações cardiovasculares.

– Os medicamentos mais utilizados incluem:

Estatinas:

– As estatinas são os medicamentos mais prescritos para reduzir o colesterol LDL (o “mau” colesterol).

– Atuam inibindo a enzima responsável pela produção de colesterol no fígado.

– Além de reduzir significativamente o LDL, as estatinas também reduzem triglicerídeos e possuem efeitos anti-inflamatórios e estabilizam as placas ateroscleróticas, ajudando a prevenir infartos e AVCs.

Quais são os efeitos colaterais?

– Embora as estatinas sejam altamente eficazes na redução do colesterol LDL e na prevenção de doenças cardiovasculares, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais.

– A maioria das pessoas tolera bem o tratamento, mas alguns efeitos adversos podem ocorrer, variando de leves a mais significativos.

– Os principais efeitos colaterais das estatinas incluem:

  • Dores musculares (mialgia): Esse é o efeito colateral mais comum. Os pacientes podem relatar dor, sensibilidade ou fraqueza muscular, geralmente de intensidade leve a moderada, principalmente na região da panturrilha (“batata da perna”).
  • Alterações hepáticas: As estatinas podem aumentar as enzimas hepáticas, como AST e ALT, indicando um possível impacto no fígado.

Embora esse efeito seja geralmente leve e reversível, o monitoramento dos exames hepáticos é recomendado, especialmente em pacientes com histórico de doenças hepáticas.

  • Distúrbios digestivos: Algumas pessoas podem apresentar desconforto gastrointestinal, como náuseas, diarreia, constipação ou dores abdominais.

Esses sintomas tendem a melhorar com o tempo ou com ajustes na medicação.

  • Aumento do risco de diabetes tipo 2: Alguns estudos sugerem que o uso prolongado de estatinas pode aumentar discretamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

-No entanto, o benefício cardiovascular das estatinas supera esse risco na maioria dos casos.

O QUE ELA NÃO CAUSA:

Devemos deixar CLARO que não existem estudos suficientes que demonstrem de maneira robusta a presença destes efeitos colaterais abaixo:

  • Alterações de memória/demência
  • Câncer
  • Neuropatia com perda de força e formigamento
  • Deficiência na produção de testosterona e outros hormônios

Tenho Muito Efeito Colateral com as Estatinas, o que faço?

– Se você estiver enfrentando efeitos colaterais com o uso de estatinas, algumas alternativas podem ser consideradas:

  • Ajuste da dose: Reduzir a dose da estatina pode ajudar a minimizar os efeitos colaterais sem comprometer a eficácia do tratamento.
  • Troca de medicamento: O médico pode sugerir a troca por outra estatina com menor probabilidade de causar efeitos adversos.
  • Uso intermitente: Em alguns casos, o uso em dias alternados pode ser suficiente para controlar o colesterol, reduzindo os efeitos indesejáveis.
  • Associação com outros medicamentos: Outros medicamentos podem ser combinados com estatinas com o objetivo de usar doses menores.
  • Interação medicamentosa: Certos medicamentos de uso contínuo do paciente podem potencializar efeitos colaterais e devem ser evitados.
  • Tratamento de doenças associadas: Hipotireoidismo não tratado e deficiência de vitamina D podem contribuir para o aparecimento dos efeitos adversos.
  • E a Coenzima Q10? Até o momento não existem estudos robustos que comprovem sua eficácia. A sociedade brasileira, americana e europeia não recomendam seu uso neste cenário.

Não interrompa o uso das estatinas sem orientação médica.

Converse com o cardiologista para ajustar o tratamento de acordo com suas necessidades e tolerância.

Inibidor da absorção de colesterol:

– Atuam reduzindo a absorção de colesterol no intestino, complementando o efeito das estatinas.

– São especialmente úteis em:

  • Pacientes que não conseguem atingir os níveis desejados de LDL apenas com estatinas
  • Pacientes que apresentam efeitos colaterais

Fibratos:

Reduzem os níveis de triglicerídeos produzidos no fígado.

– São indicados para pacientes com hipertrigliceridemia grave (níveis acima de 500 mg/dL), pois esse nível elevado aumenta o risco de pancreatite aguda, uma inflamação grave do pâncreas.

– Os efeitos adversos dos fibratos são muito semelhantes aos das estatinas.

Inibidores de PCSK9:

– Medicamentos mais recentes, usados em casos graves ou resistentes a outros tratamentos.

Suplemento de Ômega-3 é indicado?

– O ômega-3, presente em peixes como salmão, sardinha e atum, possui propriedades anti-inflamatórias e auxilia na redução dos níveis de triglicerídeos.

– Em casos de triglicerídeos muito elevados, o suplemento de ômega-3 pode ser indicado, sob orientação médica.

No entanto, para a maioria das pessoas, uma alimentação rica em fontes naturais de ômega-3 é suficiente para obter seus benefícios.

O uso indiscriminado de suplementos sem necessidade clínica comprovada não é recomendado, principalmente se o suplemento pode ser de origem duvidosa e rica em óleos que AUMENTAM o colesterol.

Qual Nível de Colesterol que Devo Ter?

– Manter os níveis de colesterol sob controle é fundamental para a saúde do coração. Mas qual é o nível ideal?

– A resposta certa é: DEPENDE!

– Isso mesmo! Não existe uma “receita de bolo”. Cada pessoa tem uma meta personalizada de colesterol, de acordo com o seu RISCO CARDIOVASCULAR e essa meta deve ser discutida com um médico.

– O cálculo do risco cardiovascular de uma pessoa envolve inúmeros critérios:

  • Idade e sexo
  • Hábitos de vida
  • Presença de comorbidades
  • Histórico familiar
  • Resultado de exames laboratoriais específicos

– A partir de um cálculo complexo, o médico consegue classificar o paciente em:

  • MUITO alto risco
  • Alto risco
  • Intermediário
  • Baixo

– A partir deste ponto conseguimos traçar uma meta terapêutica adequada e baseada nas principais evidências científicas.

Conclusão

– O colesterol elevado é uma condição silenciosa, mas que pode causar danos significativos à saúde cardiovascular.

– A boa notícia é que, com diagnóstico precoce, mudanças no estilo de vida e, quando necessário, tratamento medicamentoso, é possível controlar os níveis de colesterol e prevenir complicações graves.

– Se você tem dúvidas sobre seu colesterol ou deseja avaliar sua saúde cardiovascular, agende uma consulta. Cuidar do seu coração é essencial para uma vida longa e saudável!

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